sábado, 15 de outubro de 2011

Comunidade Espirita "Os Semeadores"
As meninas que me receberam com tanto carinho: Telma, Simone e Vitória. 
Minha  querida aluna Raquel que convidou-me para contar histórias!


É alegria, é paz...

é amor fraterno!

Contar e ler histórias é um ato de doação!

Só poderei contar e ler histórias com meu coração aberto!

É compartilhar com as pessoas...

Lá estava eu com a Margarida Friorenta! 

Muito obrigada Raquel!

Opinião: Pequena Aprendiz

Trabalhar a contação de história e a arte cênica, são caminhos distintos mas que poderão unir-se pelo encontro do encantamento, da sutileza, da fantasia ( esta que alimenta o nosso imaginário) e que simbolicamente ocorrerá uma simbiose entre essas artes quando estiverem frente a frente. 
A contação de história traz a simplicidade com alegria do contar, do confabular... é a oratória em si...envolvendo o olhar, a expressão facial e o gestual...mas tendo o cuidado de não teatralizar...apenas pequenos movimentos...porque o que é enfatizado num contar é a emoção...quem são aqueles personagens que os ouvintes estão esperando? 
Esses personagens são trazidos mediante  a fala peculiar do contador(a)...sim, o contador comprometido traz o universo literário com muita propriedade para o nosso mundo real e que ao mesmo tempo os ouvintes saem por momentos do real para caírem no abismo do imaginário como acontece em "Alice no País das Maravilhas".
A arte cênica contribuirá com seus movimentos expressivos que serão convidados pela literatura para entrelaçarem-se entre si.
Ocorre a maestria do contar e a expressão artística do palco ou de um espaço físico onde é o lugar da arte cênica...agora só é preciso darem-se as mãos e vivenciarem essa experiência tão significativa e prazerosa que é o saborear, o usufruir do encontro da arte de representar e da arte de contar.   
   

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Primeiro Ministro


Quando a porta abriu ouvi um tom de voz tão forte, tão bonito que chamou-me atenção...era ele! O Primeiro Ministro! Sim! Entrou com sua pasta, vestindo terno e cumprimentando a todos que estavam na sala: SAUDAÇÕES!
Pensei: quem entra num ambiente de trabalho e diz SAUDAÇÕES???
Claro! Só poderia ser um Primeiro Ministro!
Sou realmente estranha...as meninas, as mulheres sonham com seu príncipe encantado montado num cavalo branco...já eu sonho com um Primeiro Ministro! Por que não?
Confesso...ele não sabe que existo...fico lá escondidinha quando ele passa por nós e cumprimenta a todos com simpatia! E fico admirando-o...até suspiro...mas bem baixinho para que ninguém perceba...afinal é um segredo.
Quer dizer já não é tanto segredo assim...tomei muita coragem e sem pedir audiência para alguém como ele, afinal de contas um Primeiro Ministro não encontra-se todo dia. E invadi seu território e contei o quanto é especial para mim...o quanto eu uma pobre e simples plebeia. o admira!
Ahhhh...mas tudo em vão...ele não me deu audiência! nem para dizer que uma pobre e simples plebeia como eu não estou à altura dele...
Puxa...ele agora sabe que eu existo, mas de uma outra forma...apenas como alguém que não faz
parte do universo dele...e nem fará...porque plebeia é plebeia e Primeiro Ministro é Primeiro Ministro!!! Claro!!!!
Como pude achar que seria a sua eleita?
Tenho a resposta...é que o universo em que vivo é sutil, romântico e pensei que ele, o Primeiro Ministro gostaria de conhecê-lo...ah...conhecer um outro mundo que não fosse o dele.
É...ele não quer conhecer nada que seja meu...pelo simples motivo de eu ser alguém comum...
Mas é um direito que ele tem, de escolher a sua eleita tão especial quanto ele!
Bem, vou terminando essa pequena história de que "era uma vez um Primeiro Ministro" que não aceitou uma plebeia em seu universo.
Estarei sempre aqui no meu universo tão pequenino, mas repleto de romantismo e sutileza!




terça-feira, 19 de julho de 2011

"Quando conto uma história, permito que a fada e a bruxa que residem no meu universo, saiam para brincar com os ouvintes."
Por Cláudia Cristina
(Contadora de História - pequena aprendiz)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Para estudarmos!

Bettelheim, Bruno, 1903-1990.
Na terra das fadas: análise das personagens femininas ( extraído
da obra A psicanálise dos contos de fadas) /Bruno Bettelheim; tradução de Arlene Caetano - Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
- (Leitura)
Bettelheim, Bruno
Psicanálise da alfabetização, por Bruno Bettelheim e Karen
Zelan. Trad. de José Luiz Caon. Porto Alegre : Artes Médicas, 1984.
234p. 23cm
A multiplicidade dos signos: diálogos com a literatura infantil e
juvenil / orgs. Cecil Jeanine Albert Zinani, Salete Rosa Pezzi dos Santos - Caxias do Sul, RS: Educs, 2004.
165 p.; 22 cm.
Cavalcanti, Joana
Caminhos da literaturainfantil e juvenil: dinâmicas e vivências na ação pedagógica /
Joana Cavalcanti . - São Paulo: Paulus, 2002 - (Pedagogia e educação)
Faria, Maria Alice
Como usar a literatura em sala de aula / Maria Alice Faria. -
4. ed., 2ª reimpressão, - São Paulo: Contexto, 2008.
(Coleção como usar na sala de aula)
Matos, Gislayne Avelar
O ofício do contador de histórias : perguntas e respostas,
exercícios práticos e um repertório para encantar / Gislayne
Avelar Matos, Inno Sorsy. - 3ªed. - São paulo : Editora WMF
Martins Fontes, 2009.
Souza, Malu Zoega de
Literatura juvenil em questão : aventura e desventura de herois
menores / malu Zoega de Souza. - São Paulo ; Cortez, 2001 -
(Coleção aprender e ensinar com textos, v. 8)
Zylberman, Regina
Como e por que ler a literatura infantil brasileira / Regina Zilberman.. -
Rio de Janeiro ; Objetiva, 2005
181 p.

Poesias

Ou isto ou aquilo - Cecília Meireles/ Ilustrações - Thais Linhares/ Editora Nova Fronteira.
Diversidade - Tatiana Belinky/ Ilustração de Fê/ Editora Quinteto Editorial.
A ARCA DE NOÉ/ Poemas Infantis de Vinicius de Moraes/ Editora José Olympio.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Histórias que encantam!

É com prazer que indico esses autores e ilustradores que me fizeram e me fazem ler e contar quantas vezes forem necessários para crianças e adultos!

Menina bonita do laço de fita - autora- Ana Maria Machado/ilustrações - Claudius / Editora Ática.
Romeu e Julieta - autora - Ruth Rocha/ilustrações - Cláudio Martins /Editora Ática.
A Coruja que tinha medo do escuro - Ciranda Cultural.
Orelha de Limão - Katja Reider - Ilustrado por Angela von Roehl (publicado originalmente na Alemanha em 1999 - tradução - Heinz Dieter Heidemann e Marily da Cunha Bezerra) / Editora BRINQUE-BOOK.
A Galinha Preta - Martina Schlossmacher/ Ilustrações - Iskender Gider ( Tradução: Monica Stael) / Editora Martins Fontes.
Bruxa, Bruxa venha à minha festa - escrito por Arden Druce/ ilustração - Pat Ludlow (Tradução - Gilda de Aquino) / Editora BRINQUE-BOOK.
Leo e Albertina - Christine Davenier ( publicado originalmente na França em 1997 - Tradução - Gilda de Aquino) / Editora BRINQUE-BOOK.
Um MUNDINHO PARA TODOS - autora e ilustradora - Ingrid Biesemeyer Bellinghausen/ Editora Difusão Cultural do Livro.
Sopa de bruxa - Jeong Hae-Wang/ ilustrações de Oh Seung-Min ( Publicado originalmente na Coreia do Sul, em 2005, por Yeowon Media - Tradução do inglês: Thais Rimkus) / Editora callis.
O barbeiro e o coronel - autora - Ana Maria Machado/ ilustrações - Michele Iacocca/Editora FTD.
Charalina - autor - Nelson Albissú/ ilustrador - Osvaldo Sequetin/ Editora Paulinas.
Bom Dia, Todas As Cores! - autora Ruth Rocha/ Ilustrações de Alberto Llinares/ Editora Quinteto Editorial.
A princesa que não queria aprender a ler - autora - Heloisa Prieto/ Ilustrações - Janaina Tokitaka/ Editora FTD.
O patinho feio - Recontado por Ruth Rocha/ Ilustrações - Maria Eugênia /Editora FTD.
A Ovelha Rosa Da Dona Rosa - Donaldo Buchweitz - Ilustrações - Lie A. Kobayashi /Editora - Ciranda Cultural.
Príncipe Pedro E O Ursinho - David Mckee ( Esta obra foi publicada originalmente em inglês com o título PRINCE PETER AND THE TEDDY BEAR por Anderson Press. / Editora Martins Fontes.
Copyright 1997 by David Mckee) /Editora Martins Fontes.
O MUNDINHO AZUL - autora e ilustradora - Ingrid Biesemeyer Bellinghausen /Editora Difusão Cultural do Livro.
UM MUNDINHO DE PAZ - autora e ilustradora - Ingrid Biesemeyer Bellinghausen /Editora Difusão Cultural do Livro.
PERSONAGENS ENCANTADOS - autora e ilustradora - Ingrid Biesemeyer Bellinghausen /Editora Difusão Cultural do Livro.
O Pequeno Príncipe - autor - Antoine de Saint-Exupéry /Com aquarelas do autor (Tradução de Dom Marcos Barbosa) Agir Editora Ltda.

terça-feira, 1 de março de 2011

História da Escrita

Como poderíamos colocar a origem de uma ferramenta importante para compreensão do mundo como a leitura sem falarmos de nossos antepassados do período pré-histórico. Você pode estar pensando, “mas porque os homens das cavernas?”. Leitura e escrita são uma forma de nós, seres humanos, no principio mais básico, nos comunicarmos com outros, claro que será difícil sabermos exatamente o que aquelas pessoas queriam dizer através de suas pinturas rupestres, há várias teorias envolvendo tipos de hipóteses, mesmo assim elas não fogem de um principio fundamental que como foi citado acima: o de se comunicar com alguém ou com algo.

Pintura Rupestre

Passados muitos anos, um povo localizado entre os rio Tigre e Eufrates (hoje territórios do Iraque e Irã), que são denominados sumérios, aparece o primeiro indício de escrita entre 3500 a.C. e 3000 a.C. O nome desta escrita chamada cuneiforme (pois era escrito com instrumentos em forma de cunha), gravados em pedaços grandes de argila e para ficar permanente o que se era registrado, estes pedaços de argila eram colocados no forno para que a argila endurece-se.
Um exemplo de onde este tipo de escrita foi usado é o famoso código de Hamurabi (imagem abaixo), pensado pelo povo babilônico (localizado perto dos povos sumérios) por volta do século XVIII a.C. Um conjunto de leis baseado na Lei de Talião (o mais famoso ainda “olho por olho, dente por dente”), possuía 282 leis e 3600 linhas.

Código de Hamurabi

Quase neste mesmo período da criação da escrita cuneiforme, pelos sumérios, em outra região do mundo antigo no nordeste africano, os egípcios também tiveram uma escrita que até hoje fascina pela originalidade. Os hieróglifos, com suas representações através de desenhos e símbolos, tornam-se assim por dizer uma escrita extremamente complexa. E não se pode esquecer a outra forma de escrita mais simplificada, que era chamada demótica.
Esta forma mais simplificada da escrita era utilizada principalmente para relatar assuntos do dia-a-dia da população egípcia. Era usada somente pelos escribas e sacerdotes, com isso os textos produzidos por este tipo de escrita era somente lidas por estes dois níveis sociais. O alfabeto demótico aparece por volta da Dinastia XXVI (entre 663 a.C – 525 a.C).

Escrita Demótica
Como já foi dito, os hieróglifos era a forma mais complexa da escrita egípcia. Usada principalmente em rituais religiosos (nos túmulos e templos) e em documentos da vida pública, mostrando então um uso deste tipo de escrita empregada também no dia-a-dia. Mas sua complexidade no uso foi se tornando um enorme problema, então, em 2400 a.C. surge uma simplificação dos hieróglifos: a escrita hierática, usada pelos sacerdotes em textos religiosos.

Hieróglifos (imagem acima);
Correspondente de cada hieróglifo para nosso alfabeto (imagem abaixo)

Saindo agora um pouco da África e partindo para a região do Mediterrâneo, os gregos também nos mostram um alfabeto que até hoje é utilizado (na Matemática e Física, por exemplo) e que influência o sistema romano, que de onde sai o nosso alfabeto. Originalmente o alfabeto grego surge a partir da utilização do silabário (conjunto de símbolos de escrita que representam (ou aproximam) sílabas que compõem palavras. Um símbolo num silabário representa tipicamente um som consoante opcional seguido por um som vogal), método que apareceu nas regiões de Creta, Micenas ou Pilos (regiões continentais da Grécia) durante o século XVI a.C e XII a.C. (1600 a.C – 1201 a.C.) era conhecido como a denominação de Linear B.

Durante três séculos seguintes, não aparece nenhum outro tipo de evolução ou nova escrita grega. O que se sabe é que através de mercadores fenícios houve assimilação e adaptação do alfabeto que já existia pelo povo fenício. Com a adaptação, surge um alfabeto com 24 caracteres (com consoantes e vogais) e que como foi dito será levado mais tarde para Roma, levando a ter mais ainda sua disseminação.

Alfabeto Grego

Passando agora para a Roma Antiga encontramos um alfabeto somente com a grafia em maiúscula. Com o uso em pergaminhos começa-se encontrar uma dificuldade para o início de qualquer forma de se expressar e ocorre uma modificação que foi bem vinda; o modelo uncial, que era constituída por letras do formato das maiúsculas, mas com o diferencial de que se pronunciavam nestas “ditas maiúsculas” as letras minúsculas. Com certeza, sua maior contribuição que os romanos deixaram, por este alfabeto, foi à raiz para quase todos os outros alfabetos e escritas ocidentais conhecidas.

Escrita Uncial

Luiz Felipe Pereira de Almeida

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Cacau adora Matemática!




















Cacau é uma menina feliz...muito feliz!!!!
Ela é amada pela sua família, pelos seus amigos e pelo seu cachorro Flucky.
Agora tem uma coisa que as pessoas não entendem...
Quando Cacau diz que adooooora Matemática!!!!!!!!!!!!!!!
As pessoas dizem que Cacau poderia adorar tantas outras coisas...e nem tanto adorar MATEMÁTiCA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Mas a menina pensa e tem certeza que a Matemática, está todos os dias em nossa vida...nas contas do supermercado, nas contas da farmácia, nas conchinhas do mar que ela vai pegar para colecionar, nas velinhas do seu bolo de aniversário que vai apagar e que este ano serão dez velinhas, e q
uando conta até mil para ter paciência com alguém!
Agora ...Cacau fica triste mesmo quando chega na escola, porque ela é sempre motivo de risada dos seus colegas de sala de aula!!!!!!!!!!!!!!!
É... isso mesmo... motivo de risada...ela é a única da classe que adora a aula de Matemática e todos vivem dizendo:
-Chegou a Matemática ambulante...AH...AH...AH...
Cacau fica tão triste...
Mesmo assim, espera ansiosamente pela tão adorada aula !!!
Mas... quando chega a professora, a sua tristeza vai embora!!!
A professora Bia ensina de um jeito, que todo mundo deveria aprender. Ela inventa coisas diferentes, como levá-los `a feira, ao supermercado, e até na floricultura!!!
Na feira, a professora Bia, mostra os preços das frutas, das verduras, dos legumes e aí aparecem as contas de Matemática, como adição, subtração, multiplicação e divisão...
E no supermercado e na floricultura também
aparecem as mesmas contas. Mas é claro que as quatro operações, vão aparecer em qualquer lugar do mundo !!! Não podemos viver sem a Matemática !!!
Por isso que Cacau fica aborrecida ao perceber o quanto a Matemática é importante em nossa vida e seus colegas da escola, nem ligam para a disciplina e nem para a professora Bia que é tão dedicada e vive querendo que seus alunos gostem de Matemática!
A professora Bia, também fica triste como Cacau e não sabe mais o que fazer para que a classe aprenda com alegria e que os pais dos alunos parem de reclamar que seus filhos não tem notas boas!!!
Mas Cacau não desiste ... quer ajudar a tão querida professora Bia...
E um belo dia pensou...
Vou conversar com a professora Bia e contar para ela que tenho uma ideia...
E se na hora dos exercícios, dos problemas, das contas, pedisse que os alunos pensassem como que resolveriam sem somar, sem diminuir, sem multiplicar e sem dividir?
Ahhhhhh...quero só ver como a classe vai fazer sem as operações...
Não é que no dia seguinte Cacau tomou a decisão de ajudar a professora Bia?
Só que ela prometeu a si mesma que é segredo...um segredo muuuuuito secreto...
Entre ela e a sua querida professora...
Quando a professora Bia entrou em sala de aula, não teve nenhuma alegria... como sempre, encontrou os alunos com aquele ponto de interrogação bem no meio da testa!!!
Mas a professora Bia é dedicada e não pensava em desistir de ensinar Matemática!!!
Ela sempre pensava como faria para que seus alunos aprendessem a gostar da sua aula... só que não sabe que Cacau tem uma IDEIA!!!!!!!!!!!!!!
Então Cacau participou da aula como sempre e seus colegas riram dela como sempre...
Eles só não sabiam que Cacau tem uma IDEIA !!!!!!!!!!
E quando chegou o momento da professora Bia pedir os cadernos para serem corrigidos, Cacau, sem que ninguém da classe pudesse ver, colocou bem escondidinho a sua IDEIA num pedaço de papel dentro do caderno. E a IDEIA de Cacau foi juntinho com a professora
Bia.
E Cacau pensava...
O que será que a professora Bia vai achar?
Bem ...chegou a vez do caderno da Cacau ser corrigido...
E quando abriu o caderno, a professora Bia viu um pequenino pedaço de papel bem dobradinho e com muito cuidado e curiosidade leu a IDEIA de Cacau...
A professora Bia adorou a IDEIA de Cacau !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Mas continuou a corrigir os cadernos, fazendo de conta que tinha apenas corrigido mais um...só que a professora Bia não para
va de pensar na IDEIA da Cacau.
Guardou em segredo bem escondidinho a IDEIA para os alunos não perceberem que algo vai mudar...
A professora Bia foi para casa pensando na IDEIA de Cacau e como faria para que essa IDEIA se tornasse realidade.
No dia seguinte tomou uma decisão de conversar com a Diretora, dona Clara, sobre a IDEIA da Bia. E contou tudo o que se passava em sala de aula ...da sua tristeza de não conseguir fazer com que os alunos gostassem de Matemática, dos pais dos alunos reclamarem que os seus filhos não conseguem tirar boas notas, da Bia ser motivo de chacota por adorar a disciplina...e a Professora Bia chorou e chorou muito...
A Diretora dona Clara já sabia de tudo, e ficou muito comovida de ver a professora Bia naquela tristeza tão grande!
Os pais dos alunos também já tinham reclamado com a Diretora!!!
Enfim...dona Clara decidiu que a professora Bia deveria colocar a IDEIA de Ca
cau o mais rápido possível.
A professora Bia ficou muito feliz e convocou uma reunião com os pais dos alunos para falar da IDEIA de Cacau para todos.
Os pais dos alunos chegaram na escola preocupados porque ainda não sabiam qual seria o motivo da reunião.
A professora Bia como sempre muito educada, entrou sorrindo na sala com a diretora e logo começou a dizer o motivo da reunião. Os pais ainda estavam preocupados, mas deram muita atenção ao que ouviram. E ficaram surpresos com o pedido da professora!
Ela já esperava, mas tinha que tentar...tinha que mostrar algo novo!
Explicou aos pais que os alunos precisavam sentir como não podiam viver sem a Matemática e que essa IDEIA ERA DE UMA ÚNICA ALUNA QUE ADORAVA A DISCIPLINA!
E contou a IDEIA dizendo que combinaria com os alunos de irem ao cinema, comerem pipoca e tomarem refrigerante...mas só com um detalhe...não levariam dinheiro!!!
Os pais acharam a IDEIA estranha...muita estranha!
A professora Bia deixou claro que será uma forma deles perceberem a importância dos números, das contas básicas que temos que fazer para viver no nosso dia a dia e que quando usamos dinheiro, envolve números, contas!
Mas para que tudo isso aconteça, ela precisava da ajuda dos pais e que eles permitissem que esse passeio acontecesse.
A diretora pediu licença e ajudou a professora Bia, dizendo que tinha certeza que os pais iriam querer o melhor para os seus filhos e que seria uma situação fictícia, só para os alunos pararem para pensar.
Os pais concordaram e souberam na reunião que depois que o susto passasse é claro que a professora Bia entregaria a quantia exata que os pais deixariam escondido na secretaria da escola para cada aluno e os levaria ao cinema para divertirem-se!
E chegou o dia tão esperado para a professora Bia!
Ela chegou na sala e os encontrou animados, nem parecia aquela turma que não gostava da Matemática, quer dizer, menos a Cacau.
Mas a professora Bia sabia que toda aquela animaçã
o, não era pela disciplina que ela tanto gostava de dar aulas!
Era a alegria de irem ao cinema, comer pipoca e tomar refrigerante!!!
Os alunos pensavam que receberiam o dinheiro na classe pela professora Bia, para depois irem no ônibus escolar que os aguardava.
A professora Bia olhou bem para eles e disse que iriam ao cinema sem dinheiro...
A classe parou de conversar, de ficar animada...enfim um silêncio só!!!
Não estavam entendendo como iriam ao cinema
A professor
a pediu que fizessem as contas para ir ao cinema sem gastar...
E um aluno, levantou o braço e perguntou:
- Mas professora Bia, como vamos ao cinema sem dinheiro?
- Não podemos pagar assim!
- Não temos nenhuma nota para contar!
Era tudo o que a professora Bia precisava ouvir! Ouvir a palavra contar!
Então ela olhou bem para o aluno e disse:
Ah! Você falou a palavra certa!
E o aluno perguntou:
-Qual professora?
E a professora respondeu:
Contar!
O aluno continuou:
Professora Bia...não entendi!
É simples, ela disse:
-O que é contar?
O aluno perguntou:
-O que é contar?
Ah...contar é...a professora, todo mundo sabe o que é contar!
Contar os números...contar tudo que existe!
A professora Bia ficou feliz em saber que toda essa história estava quase no final...
E perguntou:
Agora me diga...a Matemática faz ou não falta na nossa vida?
A classe em coro respondeu:
SIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A professora Bia achou que a partir daquele dia as suas aulas iriam começar a dar certo. Ela continuaria mais do que nunca a levá-los ao supermercado, à feira e a floricultura.
Bem...e deu tudo certo!
A professora Bia piscou para Cacau e com um belo sorriso agradeceu na frente de todos os alunos a sua IDEIA!
E todos foram para o cinema com a professora Bia!

FIM

Cláudia Cristina Pereira da Silva